Oficina aberta / plantão de quadrinhos

Experimentação com quadrinhos.
Proposta 1: Quadrinhos de balão sem texto.
Outubro e novembro, aos sábados, das 14 às 17 horas.

Os experimentos com quadrinhos de balão sem texto podem acontecer de duas formas: no "plantão" ou na "oficina aberta", que acontecem ao mesmo tempo. No plantão são realizadas orientações individuais, de 50 minutos cada. Na oficina aberta ficam disponíveis materiais básicos para quem quiser experimentar livremente com quadrinhos. Ao final do encontro todos e todas compartilhamos impressões sobre o processo, tanto quem participou do plantão, quanto quem participou da oficina aberta.

Por que quadrinhos de balão sem texto?

Para sorte de quem gosta de quadrinhos, tem muita coisa acontecendo nesse mundo. As "regras" do "bom desenho" e, assim, do "bom quadrinho" estão sendo viradas do avesso já faz um bom tempo, a internet chegou facilitando o compartilhamento de conteúdos e a auto-publicação, o que, por sua vez, fomentou a criação de espaços alternativos para acesso, venda e divulgação de publicações independentes, inclusive quadrinhos. Além disso, uma geração que cresceu lendo quadrinhos se interessa agora por assuntos como filosofia, literatura e psicanálise. Por isso tudo, tem muita gente a fim de experimentar as possibilidades dos quadrinhos, nas abordagens temáticas, nos formatos, nas técnicas de impressão ou meios de compartilhar suas produções.

Uma característica bem especial dos quadrinhos são os balões de diálogo e há, aí também, muito a ser explorado. A oficina aberta / plantão de "quadrinhos de balão sem texto" será um espaço facilitador de experimentos nessa área. A ideia é contar histórias, em quadrinhos, com balões que não têm texto. Pode cores, pode figuras coladas ou desenhadas, pode mudar a forma dos balões, mas não pode texto.

Essa "restrição" por um lado facilita a comunicação de temas complexos de forma simples, ou temas simples de forma complexa — ou instigante, provocativa, simpática, engraçada. Por outro lado, é uma oportunidade para investigar um aspecto extraordinário dos quadrinhos, os balões de diálogo. Além da "restrição" de não usar texto nos balões, sugiro a repetição (ou seriação), e o chiste (piada, gracejo), muito comuns nos quadrinhos e também na psicanálise. Dessa forma, busco áreas de contatos entre os dois terrenos — que me interessam pessoalmente — que podem ou não ser abordados durante o encontro, conforme a vontade dos e das participantes.

E o que isso tem a ver com psicanálise?

Não sabemos! Talvez não tenha nada a ver. A oficina aberta / plantão de quadrinhos é um experimento, uma proposta, um caminho a ser percorrido. Por outro lado, o formato "plantão", aproxima-se do formato de atendimento em consultórios de psicanálise e a inspiração vem do trabalho desenvolvido na Clínica Pública de Psicanálise, em funcionamento na Vila Itororó | Canteiro Aberto. A oficina aberta / plantão de quadrinhos pode se tornar uma situação de envolvimento, por meio do desenho, com questões da subjetividade. Além disso, trabalhar temas da psicanálise nos quadrinhos é também uma forma de tornar a psicanálise comum, motivo de riso, menos distante e estranha às nossas vidas.

O QUÊ //////
Oficina aberta / plantão de quadrinhos.
Proposta 1: experimentação com quadrinhos de balão sem texto.

QUANDO //////
Aos sábados das 14h às 17h. A partir de 8 de outubro.

PRECISA SABER DESENHAR? //////
Não. A oficina aberta / plantão é voltada para pessoas que querem começar a experimentar com quadrinhos, desenho e narrativas visuais.

COM QUEM //////
Tai Cossich. Tai é desenhista, doutoranda na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e experimenta com "quadrinhos de balão sem texto", chiste e seriação para abordar temas da psicanálise.

QUANTO //////
Gratuito, material incluso.

COMO //////
PLANTÃO: Acontece aos sábados, das 14h às 17h. São realizadas três orientações individuais de 50 minutos cada (às 14h, 15h e 16h), com as três pessoas que chegarem primeiro. A partir do primeiro encontro é possível agendar uma continuidade, para desenvolvimento de um projeto.

OFICINA ABERTA: Também aos sábados, das 14h às 17h. Enquanto as orientações individuais acontecem, o material fica disponível para todas as pessoas que chegarem, que podem tanto experimentar com a proposta de "quadrinhos de balão sem texto", quanto desenvolver outras propostas.

AO FINAL DO ENCONTRO... todos e todas compartilhamos impressões sobre o processo, tanto quem participou do plantão, quanto quem participou da oficina aberta.

ONDE //////
Vila Itororó | Canteiro Aberto
Próximo ao metrô São Joaquim (Linha 1 Azul).
Os encontros serão no Galpão.

R. Pedroso, 238 — Bela Vista
São Paulo, SP






Agenda

Dias das oficinas abertas / plantão de quadrinhos. Sempre aos sábados, das 14 às 17 horas. Em outubro e novembro de 2016.

OUTUBRO

1

8

Oficina aberta / plantão — PRIMEIRO ENCONTRO.

15

Oficina aberta / plantão.

22

Oficina aberta / plantão.

29

Não haverá encontro nesse dia.

NOVEMBRO

5

Não haverá encontro nesse dia.

12

Não haverá encontro nesse dia.

19

Cancelado por falta de público.

26

Cancelado por falta de público.






Vila Itororó | Canteiro Aberto

Usos espontâneos

Esta ação é acolhida pela proposta de usos espontâneos do projeto Vila Itororó | Canteiro Aberto. Saiba mais: http://vilaitororo.org.br/visitas-e-usos/

O galpão que integra o canteiro de obras de restauro da Vila Itororó funciona como um experimento de centro cultural. As experimentações diversas e os debates públicos realizados nesse galpão irão inspirar os usos futuros da Vila. Para que esses usos sejam diversos, abrangentes e mesmo surpreendentes, uma das propostas curatoriais para o espaço foi abrir mão da curadoria, para pensar o galpão como uma grande praça pública aberta a usos espontâneos pelo público.

As regras gerais de uso desse espaço são:

1) As ações devem acontecer nos horários de abertura e nos espaços determinados pela equipe de ativação cultural (não é possível reservar uma área no galpão);

2) Não podem ter natureza ou fins comerciais, publicitários ou partidários;

3) Cada indivíduo/grupo deve respeitar os demais indivíduos/grupos que usam o espaço, aí incluídos trabalhadores permanentes do canteiro (ex: é possível realizar atividade com aparelho ou instrumento sonoro desde que o som não atrapalhe outros usos em curso, inclusive atividades no escritório da obra*);

4) Não são acolhidas feiras, exposições ou apresentações diversas como parte dos usos espontâneos. São priorizados processos e ensaios, não resultados, por se tratar de um canteiro de obras onde tudo — incluindo a própria noção de cultura — está em construção.

5) As regras coletivas podem ser revistas e repensadas pelo público junto à equipe de ativação cultural e novas regras podem ser criadas, a partir de inspirações, necessidades e problemas que surgirem dos próprios usos.

*O volume de som permitido será determinado por integrante da equipe de ativação cultural presente no galpão. Quando uma atividade precisar de som em volume alto para acontecer, essa atividade não pode integrar os usos espontâneos do espaço, sendo necessária uma conversa prévia com a equipe de ativação cultural, para ver se é possível agendar a atividade em data(s) específica(s). A ideia é que nenhuma atividade espontânea se sobreponha a todas as demais.

FOTO: A foto do Galpão da Vila Itororó Canteiro Aberto é da fotógrafa Camila Picolo: http://cargocollective.com/camilapicolo